O que faz um designer Computacional ?
A Nova Era do Arquitetura e do Design?
O design computacional é mais do que apenas uma ferramenta. É uma filosofia. Uma maneira de pensar que vai além do convencional, que desafia alguns regras explorando o novo. como mostra a pesquisa feita no “Digital Design in Architecture: Research Landscape Map 1975-2019”, o design digital evoluiu de simples técnicas de modelagem para um campo rico e diversificado, que abrange desde gramáticas de forma até modelagem geométrica sólida e BIM
👉 parametric design thinking ou (PDT) como descreve Oxman em Thinking difference: Theories and models of parametric design thinking.
O Desafio da Complex idade e da Precisão no Design Tradicional
O design tradicional frequentemente se depara com um grande desafio: equilibrar a complexidade estética com a precisão técnica. Modelar formas orgânicas e criar estruturas complexas são processos que demandam tempo e recursos, limitados pela nossa capacidade. No final, muitas vezes acabamos sacrificando a inovação em prol da praticidade, tentando capturar a essência de uma ideia revolucionária com ferramentas que já não são tão novas. um erro muito comum dentro da AEC
A arquitetura e o design brasileiro sempre foram reconhecidos pela criatividade e inovação, tendo como Oscar Niemayer um dos maiores nomes da arquitetura brasileira exportando para o mundo as curvas como essência da sua Brasilidade.
O design computacional trouxe novos desafios e oportunidades. na atulidade alguns nomes como Guto Requena, que combina tecnologia digital e cultura brasileira em seus projetos, e estúdios inovadores como Selvagen Design e Arquitetura, SubDV Arquitetura, Makor Bravovic, têm explorado o potencial do design computacional para criar obras que são ao mesmo tempo culturalmente relevantes e tecnologicamente avançadas. em diferentes escalas de desing e projetos sejam essas arquitetura urbanismo ou desing de produto.
Como ferramenta, o conhecimento gerado pelo pensamento paramétrico enfrenta os desafios das abordagens tradicionais de planejamento e design, especialmente na integração entre concepção e fabricação digital, buscando aprimorar a eficiência e funcionalidade dos projetos
A Revolução Computacional no Design
E é aqui que o design computacional entra em cena. Com ferramentas como Rhino/Grasshopper programaçao usando programaçaõ em blocos e textual com linguens como C# e Python, o designer não apenas desenha – ele codifica. Ele cria sistemas interconectados, onde cada mudança gera uma nova série de possibilidades. Onde a forma não apenas segue a função, mas se adapta, evolui e, finalmente, transcende a forma.
“Parametric Design” emergiu como um dos principais clusters no campo do design digital, enfatizando a capacidade dos designers computacionais de explorar e manipular parâmetros para gerar formas complexas e adaptativas. Esse processo não só melhora a eficiência, mas também permite que o designer responda rapidamente a mudanças nas necessidades do projeto, algo que era inimaginável nas abordagens tradicionais.
Patrik Schumacher, diretor de uma das maiores referências em arquitetura, o escritório de Zaha Hadid, destaca o conceito de “Tectonismo”. Esse termo vai além da estética simples; trata-se de integrar forma, estrutura e material desde o início. A ideia é criar algo que não seja apenas bonito, mas que também funcione, viva e respire. Projetos como o “Cirratus”, uma peça de concreto impressa em 3D, demonstram como o Tectonismo possibilita a criação de morfologias arquitetônicas eficientes e expressivas.
Ferramentas como Kangaroo, Karamba e Ladybug nos permitem levar isso ainda mais longe, integrando análises de desempenho diretamente no processo de design. Isso significa que o que criamos não é apenas uma obra de arte, mas algo que funciona perfeitamente no mundo real. Algo que é sustentável, eficiente, e, acima de tudo, relevante para o futuro.
A Nova Fronteira do Design: Material Fabrication Design (MFD)
Neri Oxman, outra referência global no campo do design computacional e fabricação digital, introduziu o conceito de “Material Ecology” em seu artigo “Material Ecology,” onde ela propõe uma abordagem de design que integra material, estrutura e função de maneira inseparável. Como Oxman afirma: “Material Ecology é um campo que combina design computacional, fabricação aditiva, biologia sintética e ciência dos materiais para gerar formas, funções e propriedades totalmente novas. Este conceito se alinha perfeitamente com o “Material Fabrication Design” (MFD), onde a escolha do material e as técnicas de fabricação digital não vêm depois – elas são parte integrante do processo desde o início. Isso muda tudo. Agora, podemos criar formas que respondem às condições ambientais, que se adaptam, que evoluem.
O que faz um designer Computacional?
O designer computacional não é apenas um “usuário de software”. Ele é um visionário, um inovador. Ele é alguém que vê o mundo não como ele é, mas como ele pode ser. O pensamento paramétrico, o Tectonismo e o MFD são apenas o começo de uma revolução que está redefinindo o que é possível criar. E à medida que continuamos a explorar essas novas fronteiras, o papel do designer computacional se tornará ainda mais central na criação de um futuro que não é apenas eficiente, mas verdadeiramente inspirador.
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